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Burnout? Qual o papel das organizações e das lideranças na gestão da saúde emocional das equipas?

 Burnout? Qual o papel das organizações e das lideranças na gestão da saúde emocional das equipas?

A Síndrome de Burnout, o papel das organizações e das lideranças na gestão da saúde emocional das equipas.

É essencial que a empresa e a liderança estejam atentas aos problemas de saúde no ambiente corporativo, como é o caso da Síndrome de Burnout.

O tema ganhou, ainda, mais importância recentemente, pois a Síndrome foi oficialmente reconhecida como doença ocupacional pela OMS.

Mas afinal, qual o papel das lideranças neste contexto e como as organizações poderão atuar na sua prevenção? Continue a leitura e entenda o papel dos líderes neste contexto!

O que é Síndrome de Burnout?

A Síndrome de Burnout é o resultado do stress crónico no local de trabalho, que não foi gerido com sucesso, segundo a definição da OMS. Neste sentido, seria uma doença do contexto ocupacional, caracterizada pelas seguintes dimensões:

  • “sentimentos de esgotamento ou exaustão emocional”;
  • “aumento da distância mental do trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo em relação ao trabalho”;
  • “uma sensação de ineficácia e falta de realização”.

Qual é o impacto da liderança no Burnout?

Não faz parte do papel das lideranças resolver todos os problemas de saúde mental no trabalho e, neste contexto, deve receber o apoio da empresa, mas existem muitas ações de acolhimento que podem fazer a diferença. Entenda como a liderança pode ajudar na prevenção, identificação e redução do Burnout.

Verifique frequentemente as cargas de trabalho

Priorize a qualidade do serviço e respeite os limites dos colaboradores, mais que o tempo e número de tarefas. Para isso, é importante alinhar as expetativas do que realmente precisa ser feito, avaliar quais são as tarefas relevantes e verificar se a carga de trabalho do colaborador é adequada. Apenas com uma atenta “leitura” individual dos membros da equipa, é possível perceber os diferentes perfis e adequar a carga de trabalho para que seja a mais próxima do ideal de cada um deles.

Outro cuidado é minimizar as tarefas de baixo valor associados. As pesquisas indicam que, em média, apenas 39% das horas de trabalho são produtivas, e as principais causas são atividades como reuniões, tarefas administrativas e “ler e-mails”. E, em muitos casos, o trabalho improdutivo será a causa do excesso de trabalho.

Promova programas de bem-estar

Muitas vezes, as empresas investem em programas de bem-estar, como ginástica laboral, acompanhamento nutricional, distribuição de materiais educativos, palestras e formações sobre saúde física e mental.

Acontece que o comportamento do líder nestas ações faz a diferença. Por exemplo, as pessoas irão estar menos comprometidas nas atividades se o líder tratar os programas de saúde como uma mera formalidade ou uma interrupção desnecessária, é a típica situação em que se deve “liderar pelo exemplo”, é absolutamente necessário conhecer o tema, participar e ser um promotor das medidas de prevenção.

As pessoas passam boa parte das suas vidas no trabalho, assim cultivar boas relações neste ambiente é um passo importante para aliviar o stress. Aliás, como visto anteriormente, não são as atividades de descontração e interação que prejudicam a produtividade, mas o trabalho de baixo valor associado.

Mantenha um bom clima organizacional

Outro ponto de atenção é o clima organizacional. Por isso, com uma pesquisa de clima, a liderança pode entender quais são os pontos de melhoria e fazer ajustes em questões ligadas à saúde mental, qualidade de vida e equilíbrio vida pessoal/profissional. A pesquisa de clima avalia como é trabalhar na empresa a partir da perspetiva dos colaboradores.

A criação de canais de escuta transversais e um ambiente psicologicamente seguro, permite que os colaboradores em situação de sobrecarga ou com um nível já elevado de stress, procurem ajuda nos próprios líderes e apoio na organização, sendo integrados de forma adequada e com a devida importância num cenário onde o cuidado com a saúde mental torna-se a prioridade.

Procure o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

O trabalho é uma parte importante da vida do colaborador, mas não é a única. Procure entender que nós profissionais temos necessidades relacionadas com a família, lazer e descanso. São diversas as atitudes que podem contribuir, por exemplo:

  • pensar duas vezes antes de enviar uma solicitação fora do horário de trabalho;
  • compensar as horas extras através de um mecanismo efetivo em que o colaborador pode obter dias de descanso;
  • planear o trabalho para evitar o excesso de horas extras;
  • saber negociar prazos e número de tarefas;
  • refletir sobre a aplicação de horários mais flexíveis e modelo híbrido de trabalho.

O líder não precisa observar os primeiros sintomas de esgotamento e exaustão para começar a agir. A Síndrome de Burnout, como foi referido anteriormente, está ligado à gestão mal sucedido das exigências do trabalho, que levam ao stress crónico, e podemos e devemos prevenir este estágio.

Como a sua organização está a atuar proativamente na prevenção do Burnout e noutras questões relacionadas com a Saúde Emocional? Provocar esta discussão interna com o objetivo de criar ou ampliar os programas relacionados com o bem-estar e a saúde emocional irá garantir um ambiente cada vez mais propício à retenção dos talentos e a que os líderes estejam na sua plena capacidade na gestão de pessoas e dos negócios.

Marque uma conversa com o Great Place to Work® para perceber como podemos ajudar a sua organização na construção de um ambiente emocionalmente mais seguro e saudável, partindo como base nas relações com elevados níveis de confiança!


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