Cultura Organizacional, Liderança
Desde “pequenos”, admiramos os “grandes”, crescemos e desenvolvemo-nos através do seu exemplo… nas empresas acontece a mesma coisa, as pequenas empresas observam as grandes para perceber as razões do seu sucesso, conhecer a sua estratégia e as práticas que implementaram e os benefícios que oferecem. E claro que o objetivo da maioria das pequenas é um dia tornarem-se numa grande empresa!
No entanto, como na vida pessoal, por vezes a situação inverte-se, e, é o pequeno quem ensina o grande, ficando a pergunta no ar: o que é que as empresas grandes podem aprender com as pequenas?
Que é fundamental correr riscos e promover a inovação
As pequenas empresas são ambientes em que os colaboradores têm mais oportunidades de desenvolver novas e melhores formas de fazer as coisas no trabalho, dinâmica visível até nos Best WorkplacesTM, em que 40% dos colaboradores das pequenas empresas dizem que tiveram muitas oportunidades para inovar, número que desce para 30% nas grandes empresas.
À medida que uma empresa cresce torna-se necessário a criação de procedimentos e hierarquias para garantir o correto funcionamento de todas as áreas e departamentos. Esta estruturação, embora fundamental, para a sustentação da empresa pode criar entraves à inovação e ao aparecimento de novas ideias.
O excesso de controlo, a forte hierarquização e o distanciamento entre líderes e liderados diminui a criatividade e a agilidade, que são essenciais para a inovação. As grandes empresas têm, assim, de continuar a fomentar uma cultura de inovação, em que os erros não intencionais são entendidos como parte do negócio, para que a sua capacidade de adaptação às mudanças seja rápida, uma vez que é fundamental para o sucesso do negócio.
Que relações próximas criam laços mais fortes
A proximidade, o espírito de equipa e de colaboração são diferenciais das pequenas empresas. Nestes ambientes de trabalho existe uma conexão forte entre colaboradores e entre líderes e liderados, que se tornam fiéis à empresa e passam a defendê-la com bastante entusiasmo. Criando-se um grupo de embaixadores da marca/empresa. Assim, comparando-se as pequenas com as grandes empresas, observa-se um gap de 10pp, quando se analisa a afirmação “Recomendaria esta empresa, com convicção, aos meus amigos e familiares como um excelente lugar para trabalhar.”
À medida que o número de colaboradores aumenta, torna-se mais difícil manter esta proximidade pelo que é fundamental manter pontos de contacto com todos os colaboradores a equipa, através de reuniões de equipa/empresa, atividades de teambuilding, festas e comemorações dos principais marcos quer da vida da empresa, quer da vida do colaborador. É, ainda, fundamental facilitar o acesso à mais alta liderança, quer através da promoção a um pequeno-almoço com o diretor geral, quer através da possibilidade de fazer perguntas em todas as reuniões da empresa.
Que a liderança é fundamental na criação de uma cultura forte e distintiva
As pequenas empresas são um espelho das características e dos valores do seu líder. À medida que a equipa de liderança aumenta, maior é o desafio, não só, de estabelecer-se uma conexão emocional com a cultura da empresa e com as pessoas, mas também de manter uma estratégia coerente e eficaz em todos os níveis da empresa. A consistência do comportamento das diferentes camadas de lideranças é fulcral para a criação de uma cultura forte.
É fundamental, então, que as diferentes camadas de liderança entendam e personifiquem as melhores características e os valores da empresa. E nunca se esqueçam que o seu comportamento é a referência para todos os colaboradores. À medida que a empresa cresce é, deste modo, importante que existam momentos para todos os líderes refletirem sobre os valores e a missão da empresa e se existe um alinhamento entre o seu comportamento e os valores que estão escritos nas paredes. É importante “treinar” a liderança!
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