É comum associarmos o termo “produtividade” ao aproveitamento de recursos ou, por outras palavras, à forma de entregar mais resultados com os mesmos recursos.
Essa associação pode causar um impacto negativo para as pessoas quando interpretada apenas pela visão económica da empresa, pois pode parecer que a “produtividade” só beneficia a empresa.
A proposta desta reflexão é sentir o quanto a produtividade nos beneficia a nós, como colaboradores das empresas. Enquanto pessoas somos susceptíveis a dar atenção às mensagens telemóvel, a ruídos do ambiente que nos levam a distrações, algum colega que nos aborda para uma conversa sobre algo não relacionado com o que estamos a fazer, necessidades fisiológicas... ou seja, dedicamos apenas parte do tempo para realizar as atividades, seja em ambiente de teletrabalho ou presencial.
Essas incontroláveis fontes de distração comprometem a produtividade de uma jornada de trabalho e acabam por nos deixar com uma sensação de frustração ao final do dia quando não conseguimos realizar o que tínhamos planeado.
Essa sensação de frustração é ainda mais intensa em períodos de adaptação a novos ambientes ou rotinas de trabalho. Numa empresa, especialmente num novo cargo, as pessoas demoram algum tempo para alcançarem o máximo do seu potencial. A hospitalidade dos colegas é um remédio que minimiza o impacto dessa adaptação na produtividade da pessoa e, ao final do dia, no seu sentimento de realização.
Ao encaminhar uma tarefa para um novo colaborador é importante saber o quão confortável ela está para a realizar.
Ao receber o trabalho feito por um novo colaborador é importante criar um ambiente amigável que permita verificar as capacidades da pessoa e se os pontos mais importantes dessa tarefa foram executados.
As modernas ferramentas de comunicação permitem controlar as interrupções. Por exemplo, enviar uma mensagem com a sugestão de um horário para pedir ajuda é mais adequada do que interromper a pessoa para combinar um bom momento para a interação. Esta é uma nova maneira de interagir com respeito no ambiente de trabalho.
As tecnologias modernas permitem programar pausas combinadas com os colegas. É um hábito que tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos. Coisas simples como uma mensagem “Vamos almoçar hoje?” ou “Que tal um café às 15h00?” são ações que nos permitem comunicar com os nossos colegas sem que haja uma interrupção significativa da nossa produtividade.
A forma como é validado o conceito de produtividade entre gestor e equipa define as bases para a escolha de infraestrutura e regras de conduta no ambiente de trabalho. Por exemplo, um ambiente de open space requer condutas para manter o nível de ruído adequado e para o uso dos espaços com pertences e materiais de trabalho, assim como requer equipamentos e processos que permitam extrair o melhor benefício desta opção. Já a opção de ambiente fechado com salas requer um conjunto distinto de regras de conduta, equipamentos e processos para extrair o melhor benefício desta opção.
Os fatores ambientais de infraestrutura e de relacionamento com as pessoas influenciam diretamente a felicidade no ambiente de trabalho. Ser feliz no ambiente de trabalho melhora a produtividade em 13%, de acordo com pesquisa da Oxford University. A pandemia originada pela COVID 19 trouxe novas variáveis para o conceito de ambiente de trabalho e, também, para a felicidade no trabalho. Diferente do trabalho puramente presencial, o formato flexível e híbrido, que passa a contemplar o teletrabalho, expõe as pessoas a novos desafios de interação, confiança, delegação e sentimento de pertença.
É por isso que o aumento de produtividade é um ponto que precisa de ser abordado entre colaboradores, gestores e empreendedores. Promover o aumento de produtividade na empresa assegura benefícios mútuos à empresa e aos colaboradores.
Acabar o dia com o sentimento de realização e ainda com energia para aproveitar o resto do dia para renovar os pensamentos, é benéfico para as pessoas e para as empresas.
Segundo o estudo Melhores Lugares para Trabalhar em Portugal, o principal fator de permanência na opinião dos colaboradores é o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Este fator atingiu 39%!
Deste modo, a felicidade está em programar as suas atividades diárias, avaliar se a conduta está adequada ao layout do ambiente de trabalho, avaliar se os processos de trabalho estão bem entendidos e se tem capacidade para realizar as tarefas, programar pausas ao longo do expediente e, essencialmente, trabalhar com o que lhe dá prazer.
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