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Pequenas e Médias Empresas: que cultura as caracteriza?

 Pequenas e Médias Empresas: que cultura as caracteriza?

Liderança

As PME, ou as pequenas e médias empresas, são o motor do tecido empresarial nacional. Em 2022, de acordo com o INE, existiam 1.452.225 PMEs (o que correspondia a 99,9% do total de empresas), abrangiam cerca de 3,5 milhões de colaboradores e tiveram um volume de negócio de cerca 308M€. Contas feitas, as PMEs são totalmente fulcrais para a economia nacional.

Dado o seu número, volume de negócio e número de colaboradores, importa saber como se caracteriza o seu ambiente de trabalho e quais os aspetos que marcam a sua cultura. Quais são os seus pontos fortes e as suas principais oportunidades de melhoria? Ressalvando que para “competir” e atingir os objetivos do seu negócio, as PMEs têm-se focado, nos últimos anos, na sua cultura organizacional, dedicando-se, cada vez mais, a melhorarem o seu ambiente de trabalho.

E esforço já está a dar frutos, uma vez que os seus colaboradores sentem orgulho na empresa e nas suas conquistas. E reconhecem que o ambiente é fisicamente seguro e que têm todos os equipamentos e recursos necessários para o desempenho das suas funções e à realização das suas tarefas. O acolhimento é agradável e amistoso. E a liderança é caracterizada por ser ética e honesta. A cultura das pequenas e médias empresas é marcada, de uma forma global, pelo apoio pessoal, pela participação e pela confiança. 

 pequenas e médias empresas

 

 

Qual o estilo da liderança das pequenas e médias empresas

Observam-se oportunidades de melhoria no que concerne à criação de um ambiente de trabalho mais justo e equitativo das pequenas e médias empresas. Os colaboradores percecionam que não existe equidade, no que respeita às políticas de compensação, progressão de carreira e reconhecimento. As regras relacionadas com estas políticas e práticas não estão claras para a grande parte dos colaboradores, sentindo que existe parcialidade e favoritismo no ambiente de trabalho. Os colaboradores ambicionam, também, serem mais envolvidos no processo de decisão, oportunidade transversal a todas as empresas, independente da dimensão ou setor de atividade.

Identificam-se, ainda, pontos de atenção, no que à política de benefícios e de formação, diz respeito das PMEs. E desenganem-se os que pensam que por serem ambientes “mais pequenos” a comunicação flui e é feita de forma correta. A rapidez com que as mudanças ocorrem nestes ambientes leva a que a liderança, por vezes, não as comunique atempadamente. Os colaboradores das  pequenas e médias empresas são muitas vezes conhecidos como os multitaskers, mas os números mostram a importância de uma adequada atribuição de tarefas e coordenação de pessoas, para evitar a sobrecarga de trabalho e promover o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. 

 

 

PMEs - pequenas e médias empresas

 

A liderança das PMEs é competente e tem uma estratégia e visão clara do caminho a seguir. Confia no trabalho dos colaboradores, dando-lhes autonomia para executarem as suas tarefas e atribuindo-lhes muita responsabilidade. A ética é um comportamento que marca o estilo de liderança destas organizações, personificando os seus melhores valores, não existindo diferenças entre o que diz e o que faz, ou seja, o seu comportamento. Embora a liderança seja acessível e dê abertura a perguntas e questões, verificam-se dificuldades na comunicação top-down, como referido anteriormente, e na procura de ideias e sugestões por parte dos colaboradores.

A liderança das PMEs tem de reforçar as suas competências na área da inovação e da melhoria contínua, na gestão do talento, no reconhecimento dos seus colaboradores. Considerando a atual “guerra” pelos melhores talentos, associado às elevadas taxas de rotatividade é fundamental que a liderança destas organizações se foque na gestão do talento e no reconhecimento das suas pessoas. 

Aconselhamos começar por clarificar as regras relacionadas com a política de remuneração, atribuição de promoções e de reconhecimento. Esclareça qual o ponto de partida e onde os colaboradores podem chegar, invista num plano de desenvolvimento pessoal e profissional para cada colaborador. Aposte em programas de formação e de apoio à vida pessoal dos colaboradores, através de uma política de benefícios.

Muitos dos líderes destas organizações estão a pensar: mas eu já faço isto?! Sim, até pode fazer. Mas deixamos 3 perguntas:

  • É consistente e regular na apreciação, por exemplo? Qual foi a última vez que reconheceu o bom trabalho de um membro da sua equipa?
  • As práticas existentes são formais? Ou são desenvolvidas de modo informal, deixando, a sua realização, ao livre-arbítrio de cada membro da equipa de liderança.
  • As políticas e práticas estão adequadas à cultura e aos valores da sua organização? O seu cliente interno sabe da existência e valoriza as práticas existentes?

Quando pensamos no sucesso de uma empresa, independente na dimensão, não podemos ignorar o impacto da liderança. É a liderança quem garante o envolvimento dos colaboradores com os objetivos, incentiva e inspira a equipa e estabelece o vínculo de confiança. Conhecendo os pontos fortes e as oportunidades de melhoria as PMEs podem, agora, capacitar as lideranças ou os próprios líderes podem buscar novas competências, para, assim, impactarem de forma positiva o ambiente de trabalho e acelerarem o crescimento da empresa.

Descubra os pontos fortes e as oportunidades de melhoria da sua empresa, impulsione os resultados e a experiência dos colaboradores.


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